Porque é que os "pobres" são tão aborrecidos!
É que de facto não há pachorra para o "choradinho" de que a vida está cara, que se deixa o dinheiro todo na farmácia e na mercearia, e blah blah...
É que este tipo de gentinha é do pior,
tá a ver, é que são duma total falta de imaginação, tão sempre a falar de tostõezinhos, são uns abomináveis!...
E tudo isto se torna mais irritante quando euzinha, moi, je, se vê no papel de probrezinha sem remédio, a ter que abdicar de comprar uma carne mais "fina" e de melhor qualidade para poder comprar o leite-especial-crescimento-caro-como-cornos.que-a-filhota-bebe... E de olhar para a conta bancária e fazer contas de contabilidade "criativa" e ver como vou conseguir chegar ao fim do mês com saldo positivo!
E ando de facto tão dinheirodependente, tão obcecada com contas e saldos bancários que eu própria não me aturo!
De facto dou agora valor às "chatices" que o Sr. Dr. Eng. "Socras" tem de passar todos os dias num país onde cada vez mais só há gentinha pobre... É que é de um aborrecimento que não se pode! Raio de país este que só pensa em cêntimos, quando o que se quer é fazer obras no valor de centenas de milhões.... E todos os dias que sai à rua tem que levar com milhares de chatos a chagar-lhe o juízo que "a reforma não dá para viver" ou que " com estes salários não conseguem fazer face às despesas diárias"...
Raio de povo... deviam era emigrar todos para a África Subsahariana que isso sim é sítio para pobres! Aproveitavam os barcos que despejam imigrantes ilegais no Algarve e que voltam vazios para o Chade, ou o Darfur...
Pois é, os pobres são muito chatos. Percebe-se porque é que tanta gente se esforça por ignorá-los... eu própria quando tiver dinheiro também vou ver se me esqueço deles...
Vou sim... quero me esquecer destes tempos de sacrifício, de ver saldos tão apelativos nas montras e ter de pensar que não posso comprar mais nada este mês...
É que quando era criança foi assim que a minha mãe me criou... com sacrifício... com tostõeszinhos contados... e ela investiu tudo na minha educação para que eu nunca tivesse de passar por isso... E eu acreditei que comigo seria diferente!
Mas pronto, lá deve ser o meu Karma (e de muitos outros portugueses) ter de viver esta experiência... podia ser pior... mas como tudo na vida, tem a suas lições a aprender! Pois estou a aprender a expandir o meu orçamento, a ser mais selectiva nas compras, a abandonar o impulsivismo no acto de comprar, a ser menos influenciada pelas campanhas de markting... enfim só coisas boas... (bah!)
Estou muito chata... os meus últimos post falam todos sobre a falta de dinheiro... que falta de imaginação! Agora é que eu vejo que estou mesmo a ficar pobre! é que ser pobre não é um problema de conta bancária... é um estado de espírito!
E para deixar de me sentir pobre já não vou fazer um post sobre a
taxa de desemprego estar no nível mais alto dos últimos 21 anos! Não vou!
A partir de agora só vou fazer post de rico... assim com assuntos interessantes, coisas giras e afins!
BASTA DE POBREZA... VENHA A RIQUEZA!
De Anónimo a 22 de Fevereiro de 2008 às 14:09
Eu sou mãe de três (14, 11 e 4 aninhos). Agora vejam lá como eu me sinto actualmente, além de ser mãe, filha, esposa, dona de casa, amante (que é a única que dá para relaxar...), compincha de brincadeiras, engenheira, etc., também tenho que me armar em gestora e diariamente gerir os trocos que sobram, depois de dar baixa de todas as despesas mais ou menos fixas. Faço várias vezes este exercício ao longo do mês, na expectativa de um engano nos cálculos anteriormente realizados ou de que o mês encurte por obra e graça.... Como normalmente tal não acontece resta-me recorrer aos trocos anteriormente amealhados mas que nunca se consegue repor. Como será quando chegar o dia de ter dois filhos em simultâneo na faculdade? Será que vale a pena o estímulo que tento dar aos meus filhos, para que invistam na formação? Os meus pais fizeram-no comigo, à custa da autoprivação de tanta coisa e nos últimos anos a vida tem-se encarregado de me fazer questionar se, em termos monetários, vale a pena. Mas só porque se está neste país. Resta-nos contentar com o velho argumento: Haja saúde
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