...constato que criei uma peste. A minha filha é um terror!
Ah pois... também é linda, inteligente, maravilhosa e carinhosa... mas também é teimosa, desobediente, autoritária (sim, ela pensa que manda!) e muito mázinha!
Ah e tal ainda é pequenina... pois é. Só que as pessoas ao fim de 30 minutos ficam cansadas de a aturar! Para além de destruir a minha casa toda, já destrói a da minha mãe e a da minha sogra... Vou sair com ela e ando sempre atrás dela, ela foge, ela "não qué" nada do que tem que ser, ela diz não! ela bate em quem a contraria, ela... ufff!
Pronto, tá bem, não é assim tão má.... mas tem dias que é assim! E no fim desses dias caio na cama exausta e sinto que eu não a sei educar, que as pessoas olham para mim de lado e que pensam "ai se a miúda é assim a culpa só pode ser da mãe"...
E depois ela fica mais calma e dá-me um Xi muito grande e diz-me "ó mãe, xabes, ôlha..." e dá-me beijinhos e festinhas e volto a achá-la um amor de menina, linda e maravilhosa!
Parece que é a fase dos terrible two que veio uns meses mais cedo...
Ontem fui buscar a miúda à creche e ela vinha com (mais) um arranhão na pintura.
Quer dizer, vinha com uma mordidela na cara, mais propriamente numa das bochechinhas... Tinha lá marcadas 4 ratolas dum outro miúdo... A Educadora veio logo explicar que tinha sido um dos rapazes que se "engalfinhou" com ela e que a mordeu e ela, logo de seguida puxou-lhe os cabelos!
Bem ao menos ela soube defender-se! Ficava mais preocupada se ela tivesse ficado feita "morcona" a levar e a não fazer nada!
Mas escusavam de a ter marcado... ainda por cima na cara!
O pai é que passou-se, pôs-se logo a desatinar e a questionar " o que é que a Educadora anda a fazer, então e não faz nada...". Eu como já tenho muita experiência de trabalho com grupos de crianças tive que lhe explicar que é impossível estar sempre em cima dos miúdos a toda a hora, que estas coisas acontecem, é normal e praticamente inevitável que as crianças se magoem umas às outras... e dei por mim a recordar quando os miúdos se magoavam à minha "responsabilidade" e eu tinha exactamente este mesmo discurso com os pais que iam "reclamar" comigo... "E onde é você estava?", "E como é que deixou que isto acontecesse?"... Sempre critiquei estes pais que exigiam que nós fizesse-mos o impossível para que os seus filhos nunca se magoassem, já que isso implicava amarrá-los numa cadeira ou então isolá-los das outras crianças, pois só assim se evitava que eles se "pegassem"... e olha... tenho um desses cá em casa!
Mas como mãe devo dizer que custa muito ver os nossos tesourinhos magoados! Se é normal... é; Se custa... custa... custa muito!
Obs: As fotos de natal do colégio já chegaram e a minha filhota ficou linda!!! Só há um problema... com uma das fotos é em A4 os pormenores ficaram todos ampliados... Uma negra na testa, dois arranhões na cara... parece que tinha andado na guerra! É o que faz ser tão branquinha e nunca parar quieta!
Ultimamente a minha filhota anda muito carente de... mãe. Anda sempre atrás de mim, chora se eu me afasto dela, se está com o pai e de repente me vê ... larga tudo e vem a correr atrás de mim, se a deixo por algum tempo começa logo a chorar "ó Mamã, mamã" como se tivesse acontecido uma desgraça... e quando volto, agarra-se a mim com uma força que até me marca o pescoço! Se bem que houve alturas em que até achei giro esta "devoção" pela mãe acho que já está a ficar um pouco exagerado... Ao ponto de eu não conseguir fazer nada com ela cá em casa, porque agarra-se a mim como uma lapa e não me deixa afastar-me... E o pior é que ultimamente quando vê a porta da creche começa a agarrar-se a mim e a choramingar, porque sabe que vou lá deixá-la, e eu sei que ela até gosta de andar lá... mas ver aqueles olhinhos a olhar para mim com ar de "não me deixes!" partem-me o coração! E eu sei que ela até fica bem, porque fico sempre uns 5 minutos atrás da porta a ouvir se ela chora mais e ela para quase mal a porta se fecha... Deve ser uma fase... também o facto de andar com os 4 dentes caninos a romper ao mesmo tempo também não deve ajudar... Enfim... mãe sofre!